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Cissa

Cantar e tocar é só começar.

Esse é mais um texto sobre canto e aprendizado.

Nas últimas semanas participei de uma série de Lives a convite da Aline Kelly - @ ukemaniak -onde conversamos sobre a habilidade do auto acompanhamento no instrumento e tiramos ideias muito bacanas de como trabalhar para se acompanhar cantando. Na carona do assunto, surgiram também várias dicas de como escolher a tonalidade e desenvolver melhor a percepção no canto. (assista no IGTV @cissalaval)

Quando começamos a nos interessar por tocar, geralmente é por gostarmos de algum repertório específico, por ouvir algum artista ou banda e não é raro surgir a necessidade de cantar junto com nosso instrumento. Por outro lado, pessoas que começam a estudar música pelo estudo do canto, logo sentem a necessidade de não depender de outros para treinar ou mesmo cantar suas músicas favoritas, recorrendo assim ao aprendizado de algum instrumento.

Em ambos os casos, pode ser difícil conciliar os dois aprendizados e até mesmo adquirir a habilidade de se acompanhar.

Durante as lives, eu e a Aline trouxemos as duas versões do problema. Meu primeiro instrumento foi o violão e aprendi a tocar já com 19 anos justamente porque precisava me acompanhar e não depender tanto de instrumentistas especialmente porque queria começar a compor. Meu maior desafio foi conciliar o ritmo e a troca de acordes com o canto e como cantar já era algo natural, era importante que eu me focasse mais no instrumento para corrigir problemas, mas a vontade de sair cantando as vezes atrapalhava o estudo.

Já a Aline relatou que tanto por seu papel como professora de ukulele quanto por uma vontade pessoal, precisou criar artifícios para melhorar a sua habilidade de tocar e cantar, mas que seu foco no instrumento atrapalhava na solução de alguns problemas na linha vocal.

Através dessas conversas, surgiram varias dicas para adquirir a habilidade e montar seu repertório de maneira rápida e consistente. Seguem algumas dessas dicas:

  • separe por trechos ou dificuldades: resolva um problema por vez. Se a sua dificuldade for ritmo e troca de acordes, resolva primeiro o ritmo, uma boa dica é abafar as cordas e cantar fazendo somente a levada rítmica da canção, aos poucos vá acrescentando trocas de acordes dois por vez, melhor ainda se começar com uma música que tenha somente dois acores;

  • para resolver o canto, busque se conhecer: conheça a sua extensão vocal e a extensão melódica da canção que quer cantar. Se for preciso mudar o tom, mude. Sinta-se confortável, mas não fique parado na zona de conforto, aos poucos busque fazer a música no seu tom original;

  • um dos dois precisa estar no "modo automático": concluímos que aquele que nos é mais natural precisa estar tão bem trabalhado que não seja preciso pensar ou corrigir no meio do processo. Isso significa que, quem é do canto deve estar com a linha de voz bem trabalhada e quem é do instrumento, com todas as questões da tocabilidade resolvidas.



Tocar e cantar é muito prazeroso, nos traz liberdade de escolhas musicais, é independência para pessoas que cantam e não podem ter instrumentistas o tempo todo a disposição e realização para quem toca que quer libertar a sua expressividade também usando a voz.

Espero que você comece hoje a experimentar a sua voz ou a tocar um instrumento, porque para cantar e tocar é só começar!

;)








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